Práticas de ESG ganham destaque na edição 2025 da Automec

Evento reforça o compromisso com a sustentabilidade, inovação e economia circular no setor de reposição e reparação automotiva

A agenda ESG, que abrange práticas ambientais, sociais e de governança, tem se consolidado no cenário corporativo brasileiro. Antes restrita às grandes empresas, a adesão a esses pilares tem se tornado cada vez mais ampla e efetiva. De acordo com a pesquisa "Avanços e Desafios: A Maturidade ESG nas Empresas Brasileiras 2024”, realizada pela da Beon ESG, Nexus e Aberje, divulgada em outubro do ano passado, 51% das empresas brasileiras têm estratégias voltadas a sustentabilidade. Esse volume representa um avanço de 14 pontos em relação a 2021. No mesmo período, cresceu de 31% para 43% as empresas com metas ambientais.   

Esses dados evidenciam uma tendência positiva na incorporação de práticas ESG, impulsionada tanto por iniciativas internas quanto pelo reconhecimento da importância da sustentabilidade para o futuro dos negócios e da sociedade. Prova disso são as expositoras da Automec, muitas delas com indústrias instaladas no Brasil que seguem as práticas ESG.

Além de reunir os principais lançamentos entre produtos e serviços para o mercado de reparação e reposição automotiva, o evento, que ocorre entre os dias 22 e 26 de abril de 2025, no São Paulo Expo, também realiza ações que garantem a sustentabilidade. A organização utiliza carpetes reciclados, feitos de PET, e materiais reutilizáveis em montagem de estandes. Dessa forma, dá exemplo para que outros expositores também adotem materiais reutilizáveis. Além disso, promove e incentiva ações de reciclagem de materiais durante a Automec, garantindo que uma parte significativa dos resíduos seja encaminhada para cooperativas que fazem a destinação correta dos materiais recicláveis.

Sustentabilidade - do desenvolvimento do produto a linha de produção

A Mahle, uma das tradicionais expositoras da Automec, parte do princípio de que a sustentabilidade começa desde a concepção do produto até a forma de produzi-lo. Para reduzir a pegada de carbono dentro do processo produtivo, a empresa criou um grupo de trabalho, formado por especialistas no desenvolvimento de processos e engenheiros de produto para validar novas matérias primas. Além disso, parte do rejeito metálico de alguns processos serve como matéria prima para outros, reduzindo a produção de rejeito e a pegada de carbono do produto. 

No desenvolvimento de componentes de motores, por exemplo, foram realizados trabalhos para a redução de peso e atrito em pistões e bronzinas, permitindo que os propulsores consumam menos combustível e emitam menos gás carbônico (CO2). Já os anéis de pistão, que influenciam diretamente no consumo de óleo e geram elementos nocivos durante a combustão, ganharam novas geometrias que reduzem o consumo de óleo e seu impacto no ambiente.  Os compressores de ar-condicionado contam com uma tecnologia de variação da taxa compressão, que possibilita usar menos energia, economizar combustível e reduzir a emissão do CO2 na atmosfera.

               O Grupo Bosch, outra tradicional empresa expositora da Automec, conquistou a neutralidade de carbono em todas as mais de 400 localidades no mundo desde 2020.  Na América Latina, a empresa constituiu um comitê multidisciplinar para temas de ESG, que atua alinhado à estratégia global da empresa em seis pilares: proteção climática, água, economia circular, saúde e segurança, direitos humanos e promoção social e DEI (diversidade, equidade e inclusão).

A Bosch conta ainda com um programa de economia circular:  o Recicla Auto Partes, que tem como objetivo garantir o destino adequado da sucata automotiva. O projeto está em fase piloto nas oficinas Bosch Car Service de São Paulo, e, até o momento, coletou mais de 118 toneladas de peças em fim de vida.

Tecnologias que reduzem emissões e otimizam recursos

               Ainda em relação à economia circular, a Cummins conta com 34 anos de experiência no desenvolvimento do portfólio ReCon no Brasil.  A remanufatura utiliza 85% menos energia elétrica e emprega tecnologias que garantem um elevado reaproveitamento de materiais, com alta qualidade e evitando o descarte desnecessário de peças. O portfólio de produtos remanufaturados inclui motores, cabeçotes de cilindros, injetores, módulos eletrônicos e bombas de combustível, entre outros. 

A Eaton também conta com uma linha de produtos sustentáveis e manufaturados de economia circular para o mercado de reposição. A marca ECOBOX reaproveita diversos componentes, evita o descarte irregular e demonstra um melhor desempenho ambiental, já que reduz as emissões de CO2 em seu processo de fabricação, contribuindo com a sustentabilidade.

Já a Phinia implantou um processo de “Design for Environment” que busca quantificar e reduzir as emissões do ciclo de vida de um novo produto, desde a origem da matéria-prima, produção, distribuição, uso e operação, até o descarte ou remanufatura. A meta da empresa é que todo desenvolvimento significativo de novos produtos siga este processo.

Conheça de perto as iniciativas ESG na Automec 2025

Quem quiser conhecer e saber mais sobre o trabalho dessas empresas e das outras que estarão presentes na Automec, já pode se credenciar. Até o dia 19, a inscrição é gratuita. Basta acessar o site oficial (www.automecfeira.com.br). De 20 a 26 de abril, haverá cobrança de ingresso para acessar o evento, no valor de R$ 150,00.

Organizado pela RX a cada dois anos, é o principal evento do setor de autopeças, equipamentos e serviços na América Latina. A feira reúne mais de 1.500 marcas, atrai mais de 90 mil participantes, e conta com o apoio das principais associações do setor, como Sindipeças, Abipeças, Aliança, Andap, Anfape, Asdap, Conarem, Sicap, Sincopeças e Sindirepa.