Novo padrão brasileiro de autonomia para veículos elétricos é sinal de evolução do mercado

Os brasileiros que pretendem ou pensam em adquirir um carro elétrico podem ficar tranquilos. A autonomia das baterias não vai diminuir, ao contrário do boato que se espalhou nas redes sociais no início de 2023. O temor de que os veículos elétricos seriam capazes de rodar menos quilômetros (com a mesma bateria de antes) começou depois da revisão da autonomia de dois automóveis elétricos da Volvo, que “de um dia para o outro” tiveram suas autonomias reduzidas drasticamente.


A mudança foi explicada pela adoção do PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular) do Inmetro, que visa padronizar a forma como se mede a autonomia de todos os BEVs (carros 100% elétricos) vendidos no Brasil — além de impactar PHEVs (híbridos plug-in) também, mas em menor medida.

O que vai mudar na autonomia dos carros elétricos?

A nova metodologia acabou reduzindo o número de autonomia média que se conhecia até então. Mas, calma, isso não significa que houve um recálculo e foi constatado algo negativo. Trata-se apenas de uma adaptação do mercado brasileiro, que, enfim, terá uma padronização — e isso pode ser positivo. De forma geral, anteriormente cada montadora divulgava o número que quisesse, com base em testes diferentes e sem padrão uniforme.


O grande problema era que cada carro elétrico vendido no Brasil tinha sua autonomia calculada por ciclos de testes diferentes: EPA (vigente no mercado norte-americano), WLTP (mercado europeu), e CLTC (mercado chinês) são três exemplos de padrões que variavam muito entre si.


Falando de forma simplificada: é como se um carro elétrico produzido na Europa tivesse um método de cálculo de autonomia, enquanto aqueles fabricados na China ou Estados Unidos utilizariam outros métodos de cálculo. Evidentemente, isso gerava distorções e era difícil comparar números baseados em regras que podiam ser mais rígidas ou mais brandas.


O novo padrão do PBEV visa simplificar isso e possibilitar comparações mais justas. De forma geral, as autonomias deverão ser mais baixas no cálculo brasileiro, ainda que a bateria do carro vendido aqui seja a mesma de outros países, pois optou-se por uma postura mais conservadora a fim de nivelar as expectativas.

Este é um conteúdo de curadoria RX sobre o mercado de autopeças. Para continuar lendo, acesse o site da Revista Reparação Automotiva.