Indústria automotiva investe bilhões em cibersegurança

Indústria automotiva investe bilhões em cibersegurança

Em meio a tantas soluções digitais e com veículos, fábricas e máquinas cada vez mais conectados, setor tenta proteger seus negócios e clientes

Digitalização, conectividade ou transformação digital. Estas são as palavras do momento no setor. Fábricas, veículos, máquinas e serviços avançam rapidamente quando o assunto é tecnologia. Só que na esteira desse movimento há um termo de suma importância para a indústria automotiva: cibersegurança.

A prática que protege computadores e servidores, dispositivos móveis, sistemas eletrônicos, redes e dados contra ataques cibernéticos maliciosos vêm sendo alçada a um status crucial dentro das empresas. Mas já é o suficiente? O Brasil está seguro nesta questão? Este foi o tópico de um dos painéis do Automotive Business Experience - #ABX24.

Estudo recente divulgado pela Check Point Research, especializada em proteção contra ciberameaças, aponta que companhias brasileiras sofreram 1.636 ameaças diárias de hackeamento no segundo trimestre de 2024. A cibersegurança já faz parte da estratégia de negócios das fabricantes da indústria automotiva e o investimento é pesado.

“Tem bilhões entrando dentro dos business plans das montadoras que estão associados agora aos serviços digitais, e não mais só focados no produto e nas renovações de produto”, diz Luciano Driemeier, gerente global de novos negócios conectados da Ford.

Fábio Freitas, vice-presidente de informação, comunicação, tecnologia e inovação digital da Stellantis para a América do Sul, vai além e é mais enfático nessa questão. “Você não consegue, ou você não deveria começar a desenvolver nenhum novo produto, ou nenhuma nova solução, sem pensar em cibersegurança desde o início”, exclama.

O executivo aponta que é possível fazer um monitoramento prévio. “Existem produtos de mercado que avaliam se aquele software, se aquela solução, tem vulnerabilidade, qual é o volume de vulnerabilidade antes de lançar no mercado. Isso funciona para aplicativos que estão embarcados no veículo, mas também funciona para as ECUs, para aqueles componentes eletroeletrônicos que estão no veículo”, pondera.

Transformação digital trouxe desafios para a cibersegurança na indústria automotiva

A pandemia foi um divisor de águas para este segmento ao acelerar abruptamente o processo de transformação digital. Fábio Freitas, da Stellantis, acredita que a indústria provocou uma certa celeridade nas respostas e que, com o uso de Inteligência Artificial (IA), vai encurtar ainda mais este tempo.

“Tem muita solução hoje de cyber no mercado, cada uma cobre um determinado escopo. Estamos acreditando fortemente que essa consolidação e simplificação ajuda para que a gente consiga escalar com o uso de machine learning, com deep learning”, afirma Freitas. 

Com ajuda de IA os especialistas, que não conseguem monitorar tudo de errado que está acontecendo atualmente no mercado, tentam antever problemas para deixar de serem apenas reativos quando o contratempo aparece.

Esse conteúdo é uma curadoria da RX, para saber mais acesse: Automotive Business