Foto reprodução.

Um dos assuntos mais comentados no mercado automotivo é o avanço dos veículos eletrificados. Mesmo quem não gosta da tecnologia precisa aceitar a realidade: é uma mudança que veio pra ficar! Os híbridos e elétricos a bateria estão vendendo cada vez mais e começam a chegar às oficinas.

Aqui no blog publicamos duas matérias bem completas sobre o tema. Você pode comparar o panorama atual com a situação em 2020 e notar como a transição está acelerada. Hoje vamos falar sobre os 10 pontos principais que os mecânicos devem considerar na hora de atender essa nova frota.

1º Passo: Capacitação

Os veículos eletrificados são muito mais complexos, sofisticados e perigosos do que parecem numa primeira olhada. Mesmo se você tiver algum conhecimento de elétrica e eletrônica automotiva, é melhor não arriscar. Até para fazer os consertos mecânicos mais básicos é importante dominar a tecnologia.

Para sair na frente e se tornar um profissional de referência, procure fazer um curso especializado numa instituição de excelência, como as escolas do Senai. Já existem desde formações técnicas até pós-graduações. Também fique muito atento com os enganadores, existem aos montes na internet!

2º Passo: Informações

Na manutenção dos carros atuais, com motores a combustão, você sabe que ter um manual de serviço confiável faz toda a diferença. Ao efetuar a manutenção de veículos híbridos e elétricos, que são bem mais complicados, esse suporte é indispensável. Comece a montar sua “biblioteca” ainda durante o curso e amplie a rede de contatos.

Outra dica é acompanhar o movimento “Direito ao Reparo”, liderado aqui no Brasil pelo Sindirepa. Atualmente, existe uma disputa mundial entre as montadoras e o mercado de reposição pelo acesso às informações técnicas. Com o avanço dos eletrificados e semiautônomos, essa questão é decisiva.

3º Passo: Equipamentos

Além da capacitação e do acesso aos manuais, é fundamental contar com todos os equipamentos necessários para o trabalho com alta tensão. É preciso usar óculos de segurança, luvas emborrachadas (com isolamento superior a 1.000 volts) e até alicates ou jogos de chaves apropriados.

Para dar um exemplo, nos modelos híbridos a tração elétrica costuma ficar perto do volante do motor ou dentro do câmbio. Mesmo um conserto simples, como a troca da bomba de óleo ou da junta homocinética, pode ser arriscado. Você precisa dominar a tecnologia e estar bem protegido.

4º Passo: Estrutura

A oficina também deverá passar por uma reforma para receber essa nova frota eletrificada. Mundo afora, são comuns os incêndios durante a recarga de veículos dos clientes, principalmente à noite. É preciso ter uma instalação reforçada, os extintores certos e uma área dedicada com acesso restrito.

Outro erro que costuma dar um prejuízo enorme é tentar improvisar nos consertos por falta de equipamentos. Além de usar um osciloscópio e um multímetro profissional (para corrente alternada e contínua), muitos carros exigem scanners específicos para avaliar o motor elétrico e o controlador eletrônico.

5º Passo: Atenção

Ao realizar a manutenção de veículos elétricos, mesmo após vários anos de experiência, nunca relaxe porque você dominou a tecnologia. É nessa hora que acontecem os acidentes mais graves. Sempre desligue a rede de alta tensão (mesmo num reparo simples e rápido) e trabalhe com total atenção aos detalhes.

Este é um conteúdo de curadoria RX sobre o mercado de autopeças. Para continuar lendo acesse o site Nakata.