Causas do excesso de temperatura e como evitar cheiro de queimado no sistema de freio

Causas do excesso de temperatura e como evitar cheiro de queimado no sistema de freio

Frenagens prolongadas em descidas, êmbolo de pinça travado, assentamento inadequado de pastilhas novas e excesso de carga estão entre os fatores que podem causar o aumento de temperatura no sistema de freio

O sistema de freio é composto por diversos componentes, entre eles as pastilhas e os discos, que devem ser avaliados periodicamente, já que o atrito natural das pastilhas contra o disco gera calor e desgaste. “Quando essa fricção provoca calor excessivo, o limite suportável do material das pastilhas é ultrapassado, ocasionando cheiro de queimado no freio e comprometendo toda a eficiência do sistema”, comenta Leandro Leite, coordenador de Assistência Técnica da Fras-le.

Leite destaca que, entre os principais fatores para o cheiro de queimado do freio, estão o assentamento de pastilhas novas sem o procedimento correto, frenagens prolongadas em descidas de serra, excesso de carga, pistões da pinça travados ou com retorno comprometido, discos empenados e uso de material de baixa qualidade nas pastilhas.

Como distinguir a causa do calor excessivo – Segundo o coordenador, se o cheiro surge logo após a instalação de novas pastilhas e desaparece com o uso, é provável que faça parte do processo de assentamento. No entanto, em casos mais graves, pode sair fumaça da roda após uso intenso; a roda pode travar ou apresentar dificuldade de rotação mesmo com o freio liberado; ruídos metálicos constantes podem ocorrer; pode haver desgaste irregular das pastilhas e aquecimento excessivo de uma única roda, perceptível ao toque ou com uso de termômetro infravermelho.

Detalhes do diagnóstico – Leite explica que, ao suspeitar de superaquecimento nas pastilhas de freio, é preciso realizar uma vistoria completa do sistema de frenagem. Inicialmente, é recomendada uma inspeção visual, observando marcas de calor no disco, fuligem, e alteração de cor nas pastilhas ou no disco. Em seguida, com a roda levantada do chão, deve-se acionar e soltar o freio para checar o retorno dos pistões. “A roda deve girar livremente; se isso não acontecer, será necessário realizar uma inspeção mais profunda da pinça”, alerta.

Esse conteúdo é uma curadoria da RX, para saber mais, acesse: Sincopeças